Mindfulness: importância da atenção plena no dia a dia

Mindfulness ou atenção plena é a prática de estar no aqui e agora de maneira consciente, o que não significa estar zen. É focar o olhar para a situação e como ela se desenrola, seja como algo que traz relaxamento e felicidade, seja para tolerar o desconforto do momento.

O principal é estar em uma postura de curiosidade e abertura à experiência, permitindo ao indivíduo aceitar os sentimentos e as sensações do momento sejam quais forem.

Embora tradicionalmente relacionada a práticas de meditação, mindfulness é um estado da mente, e as práticas meditativas são apenas algumas das ferramentas que podem ajudar a entender e alcançar a atenção plena de forma mais rápida.

Existem várias maneiras de praticar atenção plena, inclusive saborear um alimento utilizando os sentidos, como paladar, olfato e tato.

Benefícios

Entre os vários benefícios atribuídos à prática, estão a melhoria da cognição, a diminuição das distrações do cérebro, a redução do estresse e da ansiedade, a prevenção da depressão e o aumento da satisfação com o corpo.

A cada dia, mais pesquisas reforçam a importância de mindfulness para a saúde mental, demonstrando melhora no enfrentamento e redução da incidência de episódios depressivos e de transtornos de ansiedade.

Além disso, a atenção plena ajuda no tratamento de outras situações, como transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e dependências químicas.

Mindfulness é um ato intencional que deve ser praticado diariamente inclusive para ampliar o autoconhecimento e o bem-estar pleno.

Origem

Embora atenção plena esteja em alta nos dias de hoje, a técnica é milenar. Sua origem remonta a uma tradição budista que começou 500 anos antes do nascimento de Cristo. Mas foi o médico norte-americano Jon Kabat-Zinn que passou a estudá-la e utilizá-la como um método terapêutico a partir do final da década de 1970.

Como já foi comprovado por estudos científicos, mindfulness tem relação próxima com a capacidade de concentração. Seus exercícios treinam a consciência para, quando a pessoa está desatenta, perceber e conseguir redirecionar a atenção.

A frequência do treino desenvolve a neuroplasticidade – adaptação do cérebro – e faz com que voltar ao foco se torne uma habilidade. E isso é o mais importante, porque as distrações sempre vão depender de várias circunstâncias, algumas delas externas.

Ponto de atenção

As formas mais simples de praticar mindfulness são baseadas em criar um ponto de atenção, chamado de âncora. Para que haja progresso, os exercícios devem ser feitos com regularidade, em ambientes silenciosos e posições confortáveis.

Embora pareça simples, as pessoas estão acostumadas a viverem em uma velocidade muito alta e em contato com uma enorme quantidade de informações, o que exige um esforço grande e contínuo para conseguir sair do piloto automático e se reconectar com o próprio momento atual de vida.

‘Para viver o presente – 100 cards para meditar e refletir com a prática de atenção plena/mindfulness’, publicado pela editora RIC Jogos, auxilia nesse processo.

De autoria dos psicólogos Laura Pordany do Valle e Ramiro Figueiredo Catelan e do psiquiatra Vitor Rocco Torrez, os cards oferecem diversas formas para o indivíduo se reconectar consigo e voltar a viver o momento presente, reduzindo seu estresse, aliviando seu sofrimento e aumentando sua qualidade de vida.

Direcionada às faixas etárias a partir dos 16 anos de idade, a ferramenta pode ser utilizada nos contextos clínico e familiar.

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